quarta-feira, 29 de julho de 2009

Controvérsias

Ah se pudesse não me apaixonar! Ah se não me tivesse sido outorgado o prazer de viver o amor; amor que traz aconchego, que me traz destreza e a emoção de amar.
Alegro-me por ter sido escolhido para amar: “Deus me concedeu o amor mais lindo que um dia pude ter”
Quem ama sofre de amor, como uma dor que não dói por conta de anestesias. Dor que é preciso sentir para sentir o prazer de amar. Não é possível viver ou morrer sem amar, como não é possível amar sem morrer... Seja de dor... Seja de saudade... Mas sempre morrer de amor! Assim fez o próprio amor.

Saudades... Saudades

Tudo é saudade neste momento. Algo parece fora do lugar... E realmente está... Ou talvez esteja no lugar certo.
Há uma melodia triste tocando dentro de mim e é por isso que há uma melodia feliz aqui fora. A trilha sonora é fria e traz incompletude, ao passo que a realidade é aquecedora e completa, por mais que a saudade não me deixe ver.
Saudade é sentimento que se sente só, verdade que nos deixa só... É realidade que existe só em quem sente... Dor que o tempo não cura, só aumenta... Voz que soa só enquanto as vozes se achegam... Acontecimento que tem o poder de arrancar lágrimas, pois sabe onde elas estão... Dor que faz do simples humano e arrogante homem sensibilidade viva, que desperta o amor e exige confiança... Sentimento que esconde todas as outras possibilidades de interpretação pelo simples fato de doer, doer e depois doer... Até quando não sei... Até onde nunca se sabe... Por que... Pelo complexo ato de amar. Saudade...

domingo, 26 de julho de 2009

Bucolismo urbano, fútil humano... em mim

Fico imaginando a responsabilidade que carregam aqueles que já entraram em contato com o conhecimento e a sabedoria das ciências, a que circula pelas esquinas, nas universidades. Conhecimentos que vão às ruas, adquiridos por uma convenção de símbolos e que desembocam em palavras indo até aos discursos de alto padrão linguístico.
Ao ver a simplicidade daqueles que amam a terra e o conhecimento virtuoso dela... dela que existe em nossa essência e que após a morte nos terá de volta. Tem a companhia das matas e florestas, as plantações e os rios, a canoa e o velho candeeiro, o pote e o curral; sempre em busca da simplicidade de simplesmente viver, vivendo o que se é sem precisar aparentar aquilo que se quer ser.
Sim, nossa responsabilidade aumenta, pois temos as sementes das palavras: a gramática, os discursos e para completar... as máscaras para usarmos enquanto estivermos em sociedade. O dever de estar feliz para fazer felicidade; o dever de ser bonito para gerar beleza; o preconceito de ser branco para transpirar segurança, assim o é o homem.
Responsável por desenvolver fórmulas, por desenvolver cura e conhecimento. Responsável por escolher se compra uma roupa que custa duzentos reais ou se dá cinquenta centavos ao pedinte esfomeado. Responsável por desconfiar de tudo e de todos para não ser ferido e poder desfrutar do seu egoísmo e orgulho que nos destrói. Responsável por cuidar de um próximo que só existe até o momento em que sua opinião é lançada, assim é o ser humano. No fim, irresponsáveis tornam-se os que pensam ser humano.
“Por que o ser humano é tão difícil? Por que é tão difícil ser humano?”
Não há como ficar fora dessa realidade, aqui estou e não quero ficar, mas como deixar de ser humano quando ser humano se é? A parte que me cabe, agora, é fazer dormir esse leão que foi despertado pela discussão anterior, reconhecer que tudo que foi dito está dentro de mim e por tanta experiência pessoal não posso fugir.
A verdade é que há sempre uma saída para esse infortúnio, há um escape para humanos tão desumanos. Mas, infelizmente, quando temos uma oportunidade nas mãos, uma chance para mudarmos a rota, somos levados pelo vento tempestuoso de nosso legado... Sempre é mais fácil lavar as mãos. É geralmente um beijo que antecede uma traição.
São tantas estradas... tantos papéis para interpretar no teatro... tantos corações em jogo... tantos sentimentos em vida...tantos laços de morte... tantas tentativas!!!
Ser humano é uma aventura por caminhos invisíveis aos olhos, mas duros de serem encarados.


Flor que beija, meu beija flor

Percebo hoje, uma luta que se assemelha com a mais emocionante de todas: aquela que se trava com quem se ama quando ela está distante.
Entre pensamentos, desejos e sonhos encontram-se os que amam. Haverá sentido para tudo e todos sem amor? Humanos precisam do calor da amizade e da mão que, mesmo que com amor incompleto, aperte com cainho e atenção, que se uma à nossa e nos complete, mesmo que incompletamente.
O beija-flor que me apareceu não veio pela emoção, pois ela, a emoção, é amiga do impulso e vive na casa do sentimentalismo, além de ser vizinha do choro e do sorriso demasiado. O beija-flor não veio pela razão, pois ela, a razão, é companheira da reflexão, do ponto de vista externo, vive a perambular pelos caminhos do materialismo, apesar de conhecer o íntimo da espiritualidade. A razão não o traria.
Quem me trouxe esse beija-flor foi a fé, pois essa é a certeza que vem aquilo que não se vê. Saber que dará certo, mesmo tendo que crer contra o que se mostra. Ela dá asas e eu quero voar; e mesmo que eu venha a cair sei que existe um alguém que me ama com um amor perfeito, amor que supera a altura e a fome, a guerra, a vida... a morte.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quando o silêncio fala mais alto

Às vezes, quando as palavras já foram ditas... quando o perdão já foi inúmeras vezes liberado... quando o coração parece está desenganado, o que nos resta é perceber que o silêncio pode ser uma saída. Palavras é pouco quando não se tem mais o que falar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Em breve

Em breve postarei um artigo sobre a trindade humana