quarta-feira, 28 de abril de 2010

Identidade

Fomos feito corpo, alma e espírito, e Deus se preocupa com cada detalhe com o qual nos fez. Assim, sabe nossas fragilidades, fraquezas e defeitos, tanto na alma como no espírito e também no corpo.
Penso sobre o que realmente existe e o que ficará para sempre, de natureza eterna. Certa vez o apóstolo Paulo disse que o que se vê é algo que não subsistirá, mas o que não vemos permanecerá para sempre, intácto e nos esperando na glória eterna. Imaginemos nossas bases: as casas que construimos, o dinheiro que adquirimos e, simultaneamente, os anjos de Deus... Ambos se revelam em diferentes dimensões de nosso ser, os bens no físico, que comporta nosso corpo, e os anjos, em nosso espírito... Qual ficará para sempre? Para os anjos, as paredes não são nada, mas para nós...nos dão limites... Baseado nessa verdade, posso pensar como temos vivido nossas breves vidas.
A bíblia relata que há dois tipos de árvores que estão sempe diante de nós, a do conhecimento e a da vida... A do conhecimento Deus já liberou desde o Éden, a da vida, depois de Jesus. Mas, imaginemos... O homem está sempre querendo o conhecimento, os estudos, a pesquisa, o status, o reconhecimento... e lembro que são coisas que ficarão para trás na volta de Jesus, pois esse conhecimento não nos levará a Deus, pelo contrário, essa árvore traz enfado, confusão, mesmo sendo essencial em nossa vida. O problema é que muitos fizeram de seus diplomas suas identidades, suas razões de viver e assim, comprometem sua família, suas amizades, na verdade, deixam de lado a segunda árvore: a do relacionamento, o que realmente nos levará ao Senhor, a única coisa que fará diferença quando chegarmos no ceu. O ser humano perdeu seu relacionamento com Deus após quebrar uma aliança de amor, após negar um relacionamento com o criador, logo, aquele que está longe de Deus é declarado como morto, pois vida pode ser traduzida por relacionamento.
Não encaro isso como fábula, nem como um discurso religioso, muito menos tendencioso, mas escrevo com a convicção de que, queiramos ou não, há um mundo espiritual e nossa sociedade vem gastando seus penosos dias em falar de um Deus que nem ela mesmo conhece. Isso não por falta de oportunidade de conhecê-lo, pois tudo que vemos declara a grandeza de Deus, mas por não reconhecer que há um ser superior e que não estamos aqui para criar nosso próprio deus, que alimenta nossas vontades egoístas, mas há um Pai criador, que nunca pensou em colocar em nós qualquer tipo de sentimento nocivo, na verdade, sua essência foi-nos dada. Enquanto basearmos nossas vidas em nossas profissões ou desejos egoístas, nunca viveremos um relacionamento de amor com aquele que quer que, bem mais do que O estudar ou tentar colocá-lo no banco dos reus e fazê-lo de cobaia, anseia por uma vida de relacionamento sincero.
Imagine que um copo vazio nada mais é do que um copo vazio até o encherem de água, leite, ou qualquer outro líquido, quando então ganha uma identidade... Pois bem, assim somo nós, como copos vazios, que só serão realmente e verdadeiramente identificados quando estivermos cheios de Deus, de sua glória, restituídos de sua essência.